Contratada por Sarney em 95, fundação apontara saídas
O mesmo Sarney prometeu fazer o que não foi feito
Reproduzo o post de Josias Souza(uol) de 05/09, para certificar como o Senado é composto de falastrões, parasitas e desonestos com a coisa pública. E a falta de acompanhamento da imprensa e mídia no cumprimento das ações, privando a sociedade de tomar ciência dos acontecimentos, para que ela se manifeste e também faça a sua parte.
Lula Marques/Folha
"impossível detectar quando e onde começou a sucessão de erros que vem desordenando a vida administrativa do Senado ao longo de várias legislaturas...”
“...O Senado não se preocupou em se estruturar adequadamente. Gasta muito e mal...”
“...O desperdício é de tal ordem que suas despesas são relativamente superiores às do Congresso norte-americano”.
As três frases acima foram pronunciadas por Renan Calheiros em 1995. O Senado era presidido à época por José Sarney.
Renan coordenava um “Grupo de Trabalho de Reforma e Modernização do Senado”. Ao discursar, manuseava um estudo que a FGV acabara de concluir.
Apontava, em cem folhas, as anomalias administrativas do Senado. Sugeria a adoção de providências urgentes.
Decorridos 14 anos, o Senado está, de novo, sob a presidência de Sarney. É o terceiro mandato dele. Dera as cartas entre 1993 e 1995 e entre 2003 e 2005.
Agora, eleito para manusear o baralho entre 2009 e 2011, submete o Senado a um novo estudo da FGV.
O primeiro, aquele de 1995, custara à Viúva R$ 882 mil, em valores da época. O custo do novo não foi, por ora, divulgado.
O conteúdo é o mesmo: as disfunções da administração do Senado. As soluções recomendadas no novo estudo evocam o diagnóstico do velho.
Renan Calheiros, ele próprio ex-presidente de um Senado cuja degenerescência administrativa descambou para a corrupção, está agora em silêncio.
Deve-se ao líder tucano Arthur Virgílio (AM) a iniciativa de retirar do baú as palavras do Renan de 1995. Ele as rememorou da tribuna.
Virgílio recuperou também as palavras ditas por Sarney ao tomar posse em fevereiro passado. Disse ele:
“Agora, como em 1995, a FGV foi chamada, e o Senador Sarney, no discurso que proferiu na posse do 3º mandato na presidência do Senado, repetiu que ‘foi com o trabalho da FGV que se promoveu uma grande reforma aqui dentro’”.
Virgílio indagou: “Que grande reforma é essa, se nada de substantivo foi feito?”
E acrescentou: “A crise que hoje amarga o Senado havia sido anunciada há exatos 14 anos. Nada se fez. Nem reforma, nem modernização”.
O estudo de 1995 não é o único. Nos últimos cinco anos, disse Virgílio, a FGV “já faturou, em contratos com o Senado, R$ 3,3 milhões”.
Apontou falhas e indicou soluções. “Só que o Senado”, repetiu Virgílio, “permaneceu estático, nada fez, nada mudou, nada modernizou, nada reformou”.
Eis o que concluíra a FGV em 1995: o Senado possuía níveis hierárquicos em demasia.
Havia diretorias frequentemente resumidas a um único indivíduo (o diretor).
Vicejava a superposição de órgãos e funções.
O setor de Recursos Humanos, que agora estrela o noticiário na figura do ex-diretor João Zoghbi, era apontado como principal foco de irregularidades.
Recomendara-se que fosse reformulado o “relacionamento” com a diretoria-geral.
Uma diretoria em que imperou, por 14 anos, o ex-mandachuva Agaciel Maia. Nomeado na primeira presidência de Sarney, também se encontra pendurado nas manchetes.
Ao encerrar o discurso, Virgílio disse: “Estamos diante de uma encruzilhada. Ou reformamos ou fingimos que reformamos...”
“...Se fingirmos que reformamos, nós simplesmente liquidaremos de uma vez a credibilidade da Casa”.
Acrescentou: “Isso aqui não é um playground. Nós temos que dar as respostas que a sociedade exige, e isso impõe responsabilidade a todos”.
O líder tucano disse, de resto, que deseja “a punição dos ladrões que infelicitaram” o Senado.
Insinuou o óbvio: malfeitores e malfeitorias são conhecidos à saciedade. “Está na hora de mais franqueza e de mais verdade por pessoas que conhecem esta Casa...”
Pessoas “...que conhecem quem é quem e que devem usar de uma sinceridade que talvez não esteja sendo total neste momento”.
- Serviço: Pressionando aqui, você chega à página eletrônica em que o discurso de Arthur Virgílio foi noticiado.
Abaixo da foto há a palavra "discurso". Clicando o mouse sobre ela, você chega à íntegra. A peça, por reveladora, vale o desperdício de um naco de tempo.
O estudo que a FGV acaba de entregar ao Senado está disponível aqui em(PDF)
Contratada por Sarney em 95, fundação apontara saídas
O mesmo Sarney prometeu fazer o que não foi feito
Reproduzo o post de Josias Souza(uol) de 05/09, para certificar como o Senado é composto de falastrões, parasitas e desonestos com a coisa pública. E a falta de acompanhamento da imprensa e mídia no cumprimento das ações, privando a sociedade de tomar ciência dos acontecimentos, para que ela se manifeste e também faça a sua parte.
Lula Marques/Folha
"impossível detectar quando e onde começou a sucessão de erros que vem desordenando a vida administrativa do Senado ao longo de várias legislaturas...”
“...O Senado não se preocupou em se estruturar adequadamente. Gasta muito e mal...”
“...O desperdício é de tal ordem que suas despesas são relativamente superiores às do Congresso norte-americano”.
As três frases acima foram pronunciadas por Renan Calheiros em 1995. O Senado era presidido à época por José Sarney.
Renan coordenava um “Grupo de Trabalho de Reforma e Modernização do Senado”. Ao discursar, manuseava um estudo que a FGV acabara de concluir.
Apontava, em cem folhas, as anomalias administrativas do Senado. Sugeria a adoção de providências urgentes.
Decorridos 14 anos, o Senado está, de novo, sob a presidência de Sarney. É o terceiro mandato dele. Dera as cartas entre 1993 e 1995 e entre 2003 e 2005.
Agora, eleito para manusear o baralho entre 2009 e 2011, submete o Senado a um novo estudo da FGV.
O primeiro, aquele de 1995, custara à Viúva R$ 882 mil, em valores da época. O custo do novo não foi, por ora, divulgado.
O conteúdo é o mesmo: as disfunções da administração do Senado. As soluções recomendadas no novo estudo evocam o diagnóstico do velho.
Renan Calheiros, ele próprio ex-presidente de um Senado cuja degenerescência administrativa descambou para a corrupção, está agora em silêncio.
Deve-se ao líder tucano Arthur Virgílio (AM) a iniciativa de retirar do baú as palavras do Renan de 1995. Ele as rememorou da tribuna.
Virgílio recuperou também as palavras ditas por Sarney ao tomar posse em fevereiro passado. Disse ele:
“Agora, como em 1995, a FGV foi chamada, e o Senador Sarney, no discurso que proferiu na posse do 3º mandato na presidência do Senado, repetiu que ‘foi com o trabalho da FGV que se promoveu uma grande reforma aqui dentro’”.
Virgílio indagou: “Que grande reforma é essa, se nada de substantivo foi feito?”
E acrescentou: “A crise que hoje amarga o Senado havia sido anunciada há exatos 14 anos. Nada se fez. Nem reforma, nem modernização”.
O estudo de 1995 não é o único. Nos últimos cinco anos, disse Virgílio, a FGV “já faturou, em contratos com o Senado, R$ 3,3 milhões”.
Apontou falhas e indicou soluções. “Só que o Senado”, repetiu Virgílio, “permaneceu estático, nada fez, nada mudou, nada modernizou, nada reformou”.
Eis o que concluíra a FGV em 1995: o Senado possuía níveis hierárquicos em demasia.
Havia diretorias frequentemente resumidas a um único indivíduo (o diretor).
Vicejava a superposição de órgãos e funções.
O setor de Recursos Humanos, que agora estrela o noticiário na figura do ex-diretor João Zoghbi, era apontado como principal foco de irregularidades.
Recomendara-se que fosse reformulado o “relacionamento” com a diretoria-geral.
Uma diretoria em que imperou, por 14 anos, o ex-mandachuva Agaciel Maia. Nomeado na primeira presidência de Sarney, também se encontra pendurado nas manchetes.
Ao encerrar o discurso, Virgílio disse: “Estamos diante de uma encruzilhada. Ou reformamos ou fingimos que reformamos...”
“...Se fingirmos que reformamos, nós simplesmente liquidaremos de uma vez a credibilidade da Casa”.
Acrescentou: “Isso aqui não é um playground. Nós temos que dar as respostas que a sociedade exige, e isso impõe responsabilidade a todos”.
O líder tucano disse, de resto, que deseja “a punição dos ladrões que infelicitaram” o Senado.
Insinuou o óbvio: malfeitores e malfeitorias são conhecidos à saciedade. “Está na hora de mais franqueza e de mais verdade por pessoas que conhecem esta Casa...”
Pessoas “...que conhecem quem é quem e que devem usar de uma sinceridade que talvez não esteja sendo total neste momento”.
- Serviço: Pressionando aqui, você chega à página eletrônica em que o discurso de Arthur Virgílio foi noticiado.
Abaixo da foto há a palavra "discurso". Clicando o mouse sobre ela, você chega à íntegra. A peça, por reveladora, vale o desperdício de um naco de tempo.
O estudo que a FGV acaba de entregar ao Senado está disponível aqui em(PDF)
No mês passado, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, determinou à Câmara que entregasse os papéis que referiam-se à prestações de contas, dos gastos dos deputados com a verba indenizatória (R$15 mil p/deputado), à Folha de São Paulo.
A Câmara não se manifestou até a presente data. Marco Aurélio expede outro despacho e classifica o momento de extravagante.
Antônio Cruz/ABr
"Mostra-se injustificável o descumprimento da ordem judicial. A quadra é realmente muito estranha”, registra o ministro.
Retrata, no entendimento de Marco Aurélio : “ Que nos mais diversos setores da República, a perda de parâmetros, o abandono a princípios, a inversão de valores.”
“Há de buscar-se, a todo custo, a correção de rumos, sob pena de vingar a Babel”.
A Folha solicitou a Marco Aurélio que determinasse um prazo para o cumprimento da ordem do Supremo, com o alerta de estar sujeito de ser responsabilizado por crime de responsabilidade.
O ministro advertiu que Temer havia sido notificado que deveria dar acesso aos documentos em 20 de agosto de 2009.
Em novo despacho, nesta terça (28/09), Marco Aurélio ordena, de novo, que sua decisão seja cumprida.
Caso contrário, alerta , pode adotar “providências de envergadura mais drástica”. Escreve: “É hora de atentar-se para a segurança jurídica”.
Marco Aurélio chama a atenção para o fato de que Temer é advogado “ o domínio do Direito [pelo deputado] é proclamado aos quatro ventos”.
Tem ciência que ordem judicial não se comporta descumprimento. Por esse motivo, Marco Aurélio reitera a ordem.
“Ressalto estar em jogo, em primeiro lugar, a inafastabilidade da decisão proferida, a concretude do que nela se contém...”
“Em segundo lugar, o princípio da publicidade, a desaguar na eficiência dos atos da administração pública”
“E, em terceiro, a liberdade de expressão presente o necessário domínio da matéria que, sem dúvida alguma, é do interesse geral da sociedade”.
Michel Temer havia recorrido contra a liminar que Marco Aurélio concedera em favor do jornal. Alegou que era impossível atender ao pedido.
Por dois motivos:
- A Câmara teria de tirar mais de 70 mil cópias.
- E parte dos documentos contém informações protegidas por sigilo, como os registros telefônicos dos deputados.
O recurso não tem efeito suspensivo. Enquanto não for julgado, permanece a decisão anterior, que a Câmara se escorrega de cumprir.
Michel Temer solicitou a Marco Aurélio que submetesse o recurso contra a entrega dos papéis à Folha a um julgamento no plenário do STF.
O ministro já levou o processo ao pleno do Supremo. A discussão deve entrar na pauta da sessão desta quarta feira 30/09.
Se depender da posição de seus colegas, a decisão de Marco Aurélio pode ficar sem efeito antes mesmo de ser efetivamente cumprida.
No post de Josias Souza(UOL), ele propõe uma reflexão, da qual eu também compartilho :
"Suponha que a ordem de Marco Aurélio não fosse dirigida a Temer."
"Imagine que o alvo da determinação fosse um brasileiro, digamos, comum."
"Decerto já estaria em cana. Assim caminha a Babel brasileira".
Serviço: Pressionando aqui, você chega à íntegra do despacho de Marco Aurélio.
No mês passado, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, determinou à Câmara que entregasse os papéis que referiam-se à prestações de contas, dos gastos dos deputados com a verba indenizatória (R$15 mil p/deputado), à Folha de São Paulo.
A Câmara não se manifestou até a presente data. Marco Aurélio expede outro despacho e classifica o momento de extravagante.
Antônio Cruz/ABr
"Mostra-se injustificável o descumprimento da ordem judicial. A quadra é realmente muito estranha”, registra o ministro.
Retrata, no entendimento de Marco Aurélio : “ Que nos mais diversos setores da República, a perda de parâmetros, o abandono a princípios, a inversão de valores.”
“Há de buscar-se, a todo custo, a correção de rumos, sob pena de vingar a Babel”.
A Folha solicitou a Marco Aurélio que determinasse um prazo para o cumprimento da ordem do Supremo, com o alerta de estar sujeito de ser responsabilizado por crime de responsabilidade.
O ministro advertiu que Temer havia sido notificado que deveria dar acesso aos documentos em 20 de agosto de 2009.
Em novo despacho, nesta terça (28/09), Marco Aurélio ordena, de novo, que sua decisão seja cumprida.
Caso contrário, alerta , pode adotar “providências de envergadura mais drástica”. Escreve: “É hora de atentar-se para a segurança jurídica”.
Marco Aurélio chama a atenção para o fato de que Temer é advogado “ o domínio do Direito [pelo deputado] é proclamado aos quatro ventos”.
Tem ciência que ordem judicial não se comporta descumprimento. Por esse motivo, Marco Aurélio reitera a ordem.
“Ressalto estar em jogo, em primeiro lugar, a inafastabilidade da decisão proferida, a concretude do que nela se contém...”
“Em segundo lugar, o princípio da publicidade, a desaguar na eficiência dos atos da administração pública”
“E, em terceiro, a liberdade de expressão presente o necessário domínio da matéria que, sem dúvida alguma, é do interesse geral da sociedade”.
Michel Temer havia recorrido contra a liminar que Marco Aurélio concedera em favor do jornal. Alegou que era impossível atender ao pedido.
Por dois motivos:
- A Câmara teria de tirar mais de 70 mil cópias.
- E parte dos documentos contém informações protegidas por sigilo, como os registros telefônicos dos deputados.
O recurso não tem efeito suspensivo. Enquanto não for julgado, permanece a decisão anterior, que a Câmara se escorrega de cumprir.
Michel Temer solicitou a Marco Aurélio que submetesse o recurso contra a entrega dos papéis à Folha a um julgamento no plenário do STF.
O ministro já levou o processo ao pleno do Supremo. A discussão deve entrar na pauta da sessão desta quarta feira 30/09.
Se depender da posição de seus colegas, a decisão de Marco Aurélio pode ficar sem efeito antes mesmo de ser efetivamente cumprida.
No post de Josias Souza(UOL), ele propõe uma reflexão, da qual eu também compartilho :
"Suponha que a ordem de Marco Aurélio não fosse dirigida a Temer."
"Imagine que o alvo da determinação fosse um brasileiro, digamos, comum."
"Decerto já estaria em cana. Assim caminha a Babel brasileira".
Serviço: Pressionando aqui, você chega à íntegra do despacho de Marco Aurélio.
A desconstrução de um partido
Se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.” A frase dita há mais de um século e meio por Abraham Lincoln – o 16° presidente dos Estados Unidos – continua atual.
A desconstrução de um partido
Se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.” A frase dita há mais de um século e meio por Abraham Lincoln – o 16° presidente dos Estados Unidos – continua atual.
Self: campanha sem internet é como batalha sem arma
24 de setembro de 2009
Foto: Blue State Digital/Divulgação
Confira os principais trechos da entrevista:
Você tem diploma do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e é, na realidade, um especialista em tecnologia. Como se envolveu com campanhas políticas?
O meu background é em ciência da computação e tenho diplomas de graduação e pós-graduação do MIT.
Depois de me formar, trabalhei por muitos anos como especialista em tecnologia para bancos, seguradoras e grupos afins.
Em 2003, me mudei para o Estado de Vermont para trabalhar na campanha presidencial de Howard Dean.
Após isso, eu e três colegas fundamos a Blue State Digital, uma empresa especializada em tecnologia e política.
Agora, somos uma empresa internacional com mais de 100 funcionários no mundo inteiro e servimos centenas de clientes.
Você acha que, atualmente, a internet é uma ferramenta fundamental para uma campanha eleitoral ter sucesso?
Não existe um candidato que pense em lançar uma campanha sem usar a internet. É a marca de um candidato sério, bem como uma ferramenta importante.
Sem ela, é como participar de uma batalha sem ter uma arma. Como você poderia fazer isso? Portanto, acho que é importante que os candidatos usem a internet para que tenham uma campanha eficaz.
Você esteve em Brasília há duas semanas. Chegou a conversar com o presidente Lula?
Sim, estive em Brasília. Quanto a ter encontrado Lula, vou deixar que o partido dele fale sobre isso. Não me sinto à vontade para comentar sobre clientes ou clientes em potencial.
No momento, o Partido dos Trabalhadores é um cliente ou um cliente em potencial?
Estamos trabalhando com o partido agora a fim de ajudar a fazer planos para a próxima eleição presidencial.
Você foi contratado pelo PT?
Sim, estamos trabalhando com o partido.
Em nota divulgada nesta semana, o PT falou que você estava trabalhando com o publicitário João Santana e não com o partido. Isto é verdade?
Vou deixar que eles deem informações específicas sobre isso. Apenas vou dizer que estamos trabalhando com a estratégia da campanha em geral.
Você chegou a se encontrar com a candidata do PT à presidência, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff?
Não posso dar informações específicas. Para saber detalhes, é preciso falar com o partido.
Quando a campanha de Dilma Rousseff deve ter início na internet?
Não vou discutir a estratégia em geral. Não seria inteligente fazer isso neste momento.
No Brasil, as pessoas não têm tanto acesso a computadores quanto nos EUA. Uma campanha com base na internet seria ainda assim eficiente?
Claro que sim. Há milhões de pessoas no Brasil - acho que cerca de 60 milhões de pessoas - que têm acesso à internet.
E quando você usa a internet, ela não é usada somente para convencer as pessoas, mas para incentivar quem apoia o candidato a ajudá-lo a ganhar a eleição.
Mesmo se nem todas as pessoas têm acesso à internet, você pode usá-la para localizar seus simpatizantes que podem, então, falar com as pessoas que não têm acesso à internet.
Tem mais a ver com engajar as pessoas do que com convencer as pessoas.
Você acha que será preciso que fique baseado no Brasil para conduzir a campanha ou pode fazer isso dos EUA?
Isso ainda tem de ser determinado. Eu certamente gostei da minha estada no Brasil e retornarei ao país em algumas semanas.
Você está empolgado com este novo trabalho no Brasil?
Certamente. Só de visitar o Brasil dá para notar que as pessoas estão entusiasmadas com a eleição que está por vir, são ativas na internet e estão animadas, pois os políticos podem usar a internet de modo mais eficiente.
Acho que será uma grande oportunidade para o País.
Será preciso adaptar suas técnicas de campanha à realidade brasileira?
Trabalhamos com diversos países. Cada um tem tópicos diferentes que devem ser empregados.
Mas os aspectos básicos, como desenvolver relacionamentos transparentes e verdadeiros com as pessoas, fazem parte da natureza humana. Eles são iguais em todos os lugares.
Você trabalharia na campanha de um partido de direita?
Provavelmente não. Não seria compatível com os princípios da nossa empresa.
Self: campanha sem internet é como batalha sem arma
24 de setembro de 2009
Foto: Blue State Digital/Divulgação
Confira os principais trechos da entrevista:
Você tem diploma do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e é, na realidade, um especialista em tecnologia. Como se envolveu com campanhas políticas?
O meu background é em ciência da computação e tenho diplomas de graduação e pós-graduação do MIT.
Depois de me formar, trabalhei por muitos anos como especialista em tecnologia para bancos, seguradoras e grupos afins.
Em 2003, me mudei para o Estado de Vermont para trabalhar na campanha presidencial de Howard Dean.
Após isso, eu e três colegas fundamos a Blue State Digital, uma empresa especializada em tecnologia e política.
Agora, somos uma empresa internacional com mais de 100 funcionários no mundo inteiro e servimos centenas de clientes.
Você acha que, atualmente, a internet é uma ferramenta fundamental para uma campanha eleitoral ter sucesso?
Não existe um candidato que pense em lançar uma campanha sem usar a internet. É a marca de um candidato sério, bem como uma ferramenta importante.
Sem ela, é como participar de uma batalha sem ter uma arma. Como você poderia fazer isso? Portanto, acho que é importante que os candidatos usem a internet para que tenham uma campanha eficaz.
Você esteve em Brasília há duas semanas. Chegou a conversar com o presidente Lula?
Sim, estive em Brasília. Quanto a ter encontrado Lula, vou deixar que o partido dele fale sobre isso. Não me sinto à vontade para comentar sobre clientes ou clientes em potencial.
No momento, o Partido dos Trabalhadores é um cliente ou um cliente em potencial?
Estamos trabalhando com o partido agora a fim de ajudar a fazer planos para a próxima eleição presidencial.
Você foi contratado pelo PT?
Sim, estamos trabalhando com o partido.
Em nota divulgada nesta semana, o PT falou que você estava trabalhando com o publicitário João Santana e não com o partido. Isto é verdade?
Vou deixar que eles deem informações específicas sobre isso. Apenas vou dizer que estamos trabalhando com a estratégia da campanha em geral.
Você chegou a se encontrar com a candidata do PT à presidência, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff?
Não posso dar informações específicas. Para saber detalhes, é preciso falar com o partido.
Quando a campanha de Dilma Rousseff deve ter início na internet?
Não vou discutir a estratégia em geral. Não seria inteligente fazer isso neste momento.
No Brasil, as pessoas não têm tanto acesso a computadores quanto nos EUA. Uma campanha com base na internet seria ainda assim eficiente?
Claro que sim. Há milhões de pessoas no Brasil - acho que cerca de 60 milhões de pessoas - que têm acesso à internet.
E quando você usa a internet, ela não é usada somente para convencer as pessoas, mas para incentivar quem apoia o candidato a ajudá-lo a ganhar a eleição.
Mesmo se nem todas as pessoas têm acesso à internet, você pode usá-la para localizar seus simpatizantes que podem, então, falar com as pessoas que não têm acesso à internet.
Tem mais a ver com engajar as pessoas do que com convencer as pessoas.
Você acha que será preciso que fique baseado no Brasil para conduzir a campanha ou pode fazer isso dos EUA?
Isso ainda tem de ser determinado. Eu certamente gostei da minha estada no Brasil e retornarei ao país em algumas semanas.
Você está empolgado com este novo trabalho no Brasil?
Certamente. Só de visitar o Brasil dá para notar que as pessoas estão entusiasmadas com a eleição que está por vir, são ativas na internet e estão animadas, pois os políticos podem usar a internet de modo mais eficiente.
Acho que será uma grande oportunidade para o País.
Será preciso adaptar suas técnicas de campanha à realidade brasileira?
Trabalhamos com diversos países. Cada um tem tópicos diferentes que devem ser empregados.
Mas os aspectos básicos, como desenvolver relacionamentos transparentes e verdadeiros com as pessoas, fazem parte da natureza humana. Eles são iguais em todos os lugares.
Você trabalharia na campanha de um partido de direita?
Provavelmente não. Não seria compatível com os princípios da nossa empresa.
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